MESSIÂNICO SIM

Um dia diferente, depois de uma noite diferente. Nunca, moral e ética deram as mãos com tal energia. Nunca o poder surgiu de forma tão fluida. Nunca nossos anseios e desejos pareceram tão superficiais. Nunca o fazer pesou tanto na balança... Virou agir. Nunca ficou tão claro como nosso amor pela humanidade é objeto de discutível viés religioso. O oportunismo de quem quer sempre ganhar bens e adeptos – faca de dois gumes. O saber não é poder; o ter não basta; o querer é força muito tênua; nossa saúde é desprezada. Cabe intuir o único bem verdadeiramente limpo e precioso – a espiritualidade. Nossa pressa é ridícula, não valendo mais que boa dose de paciência com os outros e nós mesmos. A união de pessoas por um mesmo ideal vale mais que qualquer receita. E não ver estas palavras como um “deve ser”... Surgem de um coração cançado de tanta bobagem. A bobagem provém de uma racionalidade sempre a bater nas mesmas teclas. A que não dá bola para o sentimento. Há novas canções a surgir de entranhas em que a gestação de grandes reformas está a caminho. Visam o corpo, os espaços, o espírito. Grandeza que não se mede, intuitiva, que se infiltra na fisiologia do corpo/mente. Os sinais se fizeram por demais evidentes, nas marchas por ruas, avenidas e praças. Chegam às casas, aos lares e aos objetos. Nova música em lugares pisados e respirados. Não dá para transigir à nova dimensão, sob pena de se perder o bonde dos tempos que chegam.