NÃO SOU UMA BOTA

Quem não quer se compreender? Só que, qualquer mente não se conhece a si mesma. Uma verdade de total consenso. Não a admite gente egocêntrica, talvez nós mesmos, quando alimentamos expectativas. Expectativas: Aquilo que os outros nos devem. Nós, vítimas do inferno que o outro representa (Sartre). Aí, lavamos as mãos, como Pilatos no credo.

Ninguém se compreende, mas buscar desenvolver-se parece um dever para quem está vivo. Num mundo de alegrias e tristezas, fluente nessa dualidade, como não se sentir sempre desarvorado? Se no enfrentamento da diversidade circunstancial temos uma consciência melhor estruturada, nossas defesas mais sombrias poderão ser removidas. Como consegui-lo?

Ao sentir que a mente não bate bem, o que pode ajudar para que o espontâneo e saudável siga o seu curso? Ou seja, como se tornar mais permeável e consciente? Num depoimento eu diria: O lúdico – quando a gente se vê mais naquilo que realiza –, as artes (da culinária às chamadas artes plásticas e rítmicas)... Nas dramatizações, dança e performances; leituras e fazer literatura... Hoje, todo mundo escreve e se expressa (internet, redes sociais, blogs)... Tudo  isso ajuda no processo de a semente se tornar árvore mais amadurecida... Individuação (Jung), que não tem a ver com egocentrismo ou autoerotismo. Algo muito mais do que um simples eu, que não exclui o universo. A individuação o inclui. Fora isso, o psiquiatra.