05/04/2011

QUEM PAGA A CONTA?

Todos sabem, ou quase todos, que a energia nuclear não é confiável dependendo de como é trabalhada. A coisa dos reatores, vazamentos, o lixo atômico, etc., etc. Agora houve o caso do Japão, e isso não é novidade.Ela pode virar um inimigo figadal dos humanos. Não vou discutir outras possibilidades sabendo apenas que há fontes de energia, mais confiáveis: o grande potencial hidrelétrico, solar e eólico (ventos), disponível entre nós. Você gostaria de ser vizinho de usinas nucleares? Mesmo recebendo um percentual do dinheiro que elas geram? Isso compensa pelo impacto ambiental? Daria para pagar gastos no desespero da corrida, buscando outro lugar para morar, em caso de acidente? É o “royalty do urânio”, como se diz... Sinto que a consciência do mal é mais importante do que receitas. Receita de cura qualquer um pode dar. Mexer com o átomo não é a coisa mais natural do mundo. Cientistas e nações disputam para não perder o mandato da ciência e do poder como se se tratasse de partido político. A corrida atômica, além do resíduo de violência, ameaça a integridade das vidas humanas e do planeta. É como buscar freneticamente a velocidade do “trem bala” quando o serviço de transportes urbanos é tão precário. Quem dá o aval para essas coisas? No final das contas somos todos nós. Conhecida a precariedade dos serviços de proteção e segurança tecnológica. Carros novos voltam às montadoras para reparos, a fim de se evitar o risco de graves acidentes. A tecnologia se torna obsoleta quando menos se espera. Nem ela, nem a ciência dizem a última palavra em termos de infalibilidade. Na minha teoria de andar para traz na busca da força das origens sei que meu conservadorismo pode perder sua aura mais positiva. Ser mais simples, grande desafio. Aquilo do “dois é bom, três é demais”. Sei que há muito oportunismo político e mercadológico ao se tomarem medidas mais complexas. Esperteza, espírito competitivo, individualismo, nas medidas que parecem apenas uma muda de peças do vestuário. Vale a pena até ser visto como fora de moda. O mundo tem sido uma decepção graças a preconceitos e fundamentalismos. Quem sonha para melhorar a sociedade? Quem se mobiliza nesse sentido? Nem se precisam de soluções para tirar do bolso. Ao semear dúvidas, já um passo. Ao imaginar que o atleta-corredor não ganharia ao competir com um cágado, você estaria negando a realidade do “movimento”. Este não se divide em partes, é contínuo. Quantos sofismas em torno de questões como: buscar a paz através de armas, guerrear para acabar com a guerra, bater numa criança para que ela deixe de agredir coleguinhas... Ao que tudo indica, ciência e tecnologia nada têm a ver com devaneio, mitos não revelam estruturas de atitude e comportamentos humanos, não há medidas para que a vida humana se torne melhor. É justo não embarcar na fissura nuclear pelo lixo que acarreta e os perigos de radiação. Velocidade nem sempre é controlada como se deve. Tivemos inúmeras provas que atestam nossa infinita capacidade de poluir, arriscar e produzir tragédias. Cientistas, em seus partidos nacionalistas, já estão partidos. Ideologia, programas, projetos de aprovação coletiva – por afetarem a vida dos cidadãos... A intuição coletiva determina o que é bom para uma comunidade. Mas não vamos jogar tudo nas costas dos cientistas (acho que o governo é que subsidia o crime). Existe sempre o partido dos patrões. Uma nação grande?

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