20/11/2010

SE NÃO FAÇO ARTE, O ÚNICO RESPONSÁVEL SOU EU MESMO

Meu violão doméstico, acompanhando o meu cantar, nasceu com a Bossa Nova. Quem não queria imitar João Gilberto... o inimitável? É quando o canto fala, riqueza de nuances em tom dialogal. Sem o artificialismo da voz empostada. Mas a coisa virou colete apertado. Sempre a dificuldade com a riqueza harmônica. É coisa pra músico mesmo, profissional da música. Daí, canto e violão só em família. Meu envolvimento com teatro e performance tem a ver com os sambas falados de Vinicius de Moraes. Imitar empobrece, mas chega a revelar o que temos de mais pessoal. Claro que com maiores estímulos talvez se alcançasse resultados mais desejáveis. Sei que, se não faço arte, o responsável sou eu mesmo. Tenho ouvido muito jazz. É quando o colete se desaperta. De tanto repetir cifrados, pois não leio notas, começo a brincar, transformando sambas em blues. Um caminho. Checo intenções com o músico André Bets. Ele não avalia, ajuda. O trompetista Chet Baker também canta. Ouvi dizer que o seu jeito de cantar dizendo inspirou cantores de Bossa Nova.

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