04/11/2010

NÃO TENHA MEDO DOS SONHOS

Dos grandes sonhos recebemos inspiração. Há sonhos que correspondem ao lado sobrenatural da vida (Baudelaire).
Há um fluir infinito, sem fim nem princípio, de algo muito maior que a própria vida individual. É quando o medo se dissipa.
Nossa vida psíquica não se passa apenas no plano consciente. (Isso é para os idiotas da objetividade.)
Na perspectiva jungueana a linguagem do sonho é complexa e jamais monótona. (Freud dizia que era complexa e monótona...)
Não me canso de recomendar uma boa introdução a Jung: ‘Memórias, sonhos, reflexões”. O livro é autobiográfico. Você lê e não cansa de reler.
O que nos acontece no dia a dia fica guardado no “inconsciente pessoal”. Do patrimônio comum a todos os homens: “inconsciente coletivo”. Arquétipos têm a ver com o ato de chupar o dedo, antes de nascer. Vale para coisas psíquicas, espécie de instinto.
Pelo sonho penetramos no mais profundo, no mais verdadeiro, mais geral, mais duradouro do ser humano. Uma grande escola.
Sonhos com aparências pueris, grotescas, imorais?... Um sonho isolado diz muito pouco... Pelo registro diário, melhor considerá-los em série. Juntos parecem uma colcha rendada, simétrica.
Outra recomendação importante para se chegar a Jung: o livrinho “Jung, vida e obra”, de Nise da Silveira. Livro gostoso de se ler. Simples e profundo.
Há pequenos e grandes sonhos. Os que mexem pouco com a gente e os grandes que nos perturbam, infundem medo ou exaltam.

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