21/10/2010

TIPOS E FUNÇÕES

Com a ajuda de Jung e seus comentadores, como a psiquiatra Nise da Silveira, me vejo no perfil introvertido. Pensamento, reflexão – filósofo. Não desdenho a vida real. Uso as mãos (sensação): arte, tênis. Já plantei, lidei com cavalo. Ponho sentimento nas aulas, nos grupos, no teatro, mas muitas vezes giro em falso nas próprias ideias. Há fases em que retenho mais o que sonhei, elaborando registros datados. Os sonhos de um período chegam a adquirir a forma gráfica de uma simétrica colcha de crochê. Cultivo o inconsciente e a intuição não tanto quanto desejaria. Documento a própria vida, no que escrevo, ligado no como revelador de estruturas. Porquês interessam pouco pelo caráter cumulativo das respostas. Diferenças me interessam mais do que semelhanças. Sinto um melancólico sentimento de tédio pela incompreensão por parte de quem se acerca de mim ou está próximo. Deixar de dar aulas tem a ver com isso. Na relação com a Maria compreendo ser mais interpretativo enquanto ela é mais descritiva. Sei que não existem tipos puros introvertidos ou extrovertidos. Estes sempre enquadrados em um “mais sim” ou um “mais não”. Quantidades excessivas de energia psíquica, quando sugadas é que são o problema. Ainda mais clara é a questão: pensamento, sentimento, sensação e intuição, se dissociadas, complicam nossa vida. Trata-se de bússola, cujos pontos cardeais devem ser observados de forma harmoniosa.

Um comentário:

  1. Salve Euclides!! Antes de mais nada, saiba que teu blog é a página inicial do computador aqui de casa... e que sinto teus textos a cada dia mais fortes. Porém, entretanto e todavia, gostaria de fazer um pedido: de ver mais imagens publicadas e comentadas aqui. Sei que tens muitos quadros, fotografias e desenhuras geniais... e a presença deles aqui criariam um contraponto aos textos conceituais, transformando-os em caleidoscópios. Mais uma provocação! Também continuo aguardando que publiques e comentes a foto da chave, que fiz do seu caderno e que lhe enviei por e-mail. A quê simbologia aquela chave lhe remete? O que ela lhe desperta no sensível, no intuitivo, em pensamento e ação? E por fim, continuamos a aguardar sua presença para as filmagens do novo curta. Mudança de ares é desafio positivo... sabes disso! Aprendo a cada dia que, entre quatro paredes, nosso HD humano tende a travar: precisamos de contato diário com a realidade da natureza, onde todas as energias se renovam. Grande abraço, com saudades, Daniel Choma.

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