12/09/2010

SEM PRESSA

Sei de quem ao se levantar faz mandalas. Rosácea, linhas como se desenhasse um olho. Forma de encontrar o próprio eixo. Penso que se você realiza movimentos circulares, até inconscientemente, atingindo um centro qualquer de energia, o resultado pode ser o mesmo. Nem precisa ser um artista plástico ou visual. O marido que vai para o chuveiro ou arruma a cama, e no chuveiro faz alongamentos até de trinta segundos, fora ou debaixo d’água, está, também, se preparando para o cotidiano mais ou menos rotineiro. É como se desenhasse mandalas. Dona de casa, ao acordar, executa evoluções circulares, andando pela casa. Arruma uma coisa que está fora de lugar, uma limpadinha aqui, outra acolá. Se não age linearmente, buscando certa perfeição racional, a circularidade de mãos e pernas gera vitalidade para o afã diário. Preocupação, não ao descer da cama, nem ao deitar-se. Algum problema a resolver no novo dia. Melhor pensar nele antes de adormecer na noite anterior. No travesseiro não, para não perder o sono. No estado de vigília, ao acordar, lembre o que o afeta... Mas não acorde de vez. Garanto que possíveis soluções vão surgindo, uma atrás da outra... Abra os olhos, saia da cama... e se entregue àquela dança circular de que falei, movimentos arredondados... É o que faço. E gosto de escrever também. O que acabo de fazer agora. Jung, quando não se sentia bem, desenhava mandalas, antes do contato com pacientes, no começo do dia.

Um comentário:

  1. nossa, o Mestre com twitter, além do blog, que ótimo; mas ainda preciso das "prosas ao vivo". até breve. - RAugustos@uol.com

    ResponderExcluir