25/06/2010

RECORTES E REDUTIVISMO

O título tem a ver com o mau jeito de andar desmontando coisas para que se encaixem no que, desde que nascemos, a educação informal e formal injetou em nós. É o recorte. Nossos preconceitos entram também aqui. Sabemos que a educação informal, das ruas e das instituições, prevalece. Por exemplo, pensar em tipos. Desde imaginar criminosos pela formação do crânio e grossura dos lábios até achar que quem é extrovertido sempre age voltado para o que está fora dele. Ou, no caso do introvertido, imaginar que o sujeito vive continuamente voltado para dentro de si mesmo. Atitudes assim praticamente comandam as relações, ocasionando mais descompassos do que procedimentos sadios. Não há tipos puros. Rótulos geram comparações, o que é resvaladio. Cada um é o que está sendo no aqui e agora. O que possui contexto. Aquela coisa de ver só a árvore e não a floresta. Poderemos notar que a árvore se insere numa espécie além de possuir individualidade. Ao perceber o contexto, aumenta a compreensão. Eis o que ajudaria muito para melhorar as relações com pessoas, animais e coisas. Em coisas, tudo – o mundo.

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